Lixo eletrônico contamina o solo: saiba como evitar e fazer parte da solução

Introdução

A era digital trouxe inúmeros benefícios para a sociedade moderna. No entanto, junto ao avanço tecnológico, surgem novos desafios ambientais, e entre os mais críticos está o descarte inadequado de resíduos eletroeletrônicos, também conhecidos como e-lixo. Pouco se fala sobre o impacto real desses resíduos, mas você sabia que um simples aparelho eletrônico descartado de forma incorreta pode contaminar o solo e os lençóis freáticos por décadas?

O que são resíduos eletrônicos?

Os resíduos eletrônicos compreendem equipamentos eletroeletrônicos descartados, como celulares, computadores, televisores, carregadores, placas de circuito, painéis solares quebrados, entre outros. Eles contêm metais pesados e compostos tóxicos, como chumbo, mercúrio, cádmio, berílio, arsênio e retardantes de chama bromados (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2022).

Quando depositados em aterros comuns ou lixões, esses resíduos sofrem degradação lenta, liberando substâncias químicas que se infiltram no solo e atingem os lençóis freáticos, contaminando a água e comprometendo ecossistemas inteiros (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2020).

Como os resíduos eletrônicos contaminam o solo? Durante o processo de decomposição, as carcaças plásticas, os metais pesados e os solventes industriais presentes nos componentes eletrônicos são liberados gradualmente. O chumbo, por exemplo, utilizado em soldas de placas-mãe, pode alterar o pH do solo, reduzir sua fertilidade e afetar a saúde de plantas, animais e seres humanos (Greenpeace, 2018).

Além disso, o descarte incorreto de baterias de lítio, como as usadas em celulares e notebooks, pode gerar reações químicas perigosas, causar incêndios ou explosões, e poluir o solo com metais cancerígenos (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, 2021).

Impactos para a saúde humana

A contaminação do solo e da água por metais tóxicos pode gerar efeitos cumulativos na saúde humana, incluindo:

  • Danos neurológicos;
  • Problemas respiratórios;
  • Distúrbios hormonais e reprodutivos;
  • Risco aumentado de câncer (Organização Mundial da Saúde, 2020);
  • Comunidades próximas a áreas de descarte irregular são especialmente vulneráveis, pois muitas vezes desconhecem os perigos e não possuem alternativas adequadas para a destinação correta do e-lixo.

O papel da Ria Green na solução

A Ria Green atua na reciclagem e purificação dos materiais presentes em resíduos eletrônicos e módulos fotovoltaicos, promovendo a economia circular e a preservação ambiental. Acreditamos que cada pessoa pode contribuir com o movimento pelo descarte consciente.

Por meio de campanhas educativas, pontos de coleta parceiros e tecnologias limpas, a Ria Green garante que os resíduos eletrônicos não acabem no solo, mas retornem à cadeia produtiva como novos insumos de valor.

Como você pode fazer parte deste movimento?

Você pode se juntar à Ria Green de diversas formas:

✅ Separe e entregue seus resíduos eletrônicos em pontos de coleta indicados por nós (acesse: https://riagreen.com.br/como-descartar-seu-lixo-eletronico/).

✅ Compartilhe informações sobre os perigos do descarte incorreto com seus amigos e familiares.

✅ Siga a Ria Green nas redes sociais e ajude a espalhar conhecimento sobre economia circular, seguem os links: https://riagreen.com.br/links-da-riagreen

✅ Se você tem uma empresa ou escola, seja um ponto de coleta parceiro.

Conclusão

O problema dos resíduos eletrônicos vai muito além da estética urbana: ele representa uma ameaça silenciosa à qualidade do solo, da água e da saúde coletiva. Por outro lado, há uma grande oportunidade de valorização deste passivo ambiental, por meio de tecnologias sustentáveis, da inovação verde, dos avanços científicos e do engajamento social.

A Ria Green acredita que um futuro sem contaminação e com mais responsabilidade ambiental é possível. E você, vai fazer parte deste movimento? Veja @RiaGreen.

Referências

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – ABDI. Resíduos eletroeletrônicos: estudo e diretrizes para logística reversa no Brasil. Brasília: ABDI, 2020.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CETESB. Riscos ambientais dos resíduos eletrônicos. São Paulo: CETESB, 2021. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br. Acesso em: 15 jun. 2025.

GREENPEACE. Tóxicos no seu celular: os impactos invisíveis dos eletrônicos. São Paulo: Greenpeace Brasil, 2018.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. E-waste and child health: children and digital dumpsites. Geneva: WHO, 2020.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO –  PNUD. Gestão sustentável de resíduos eletrônicos no Brasil. Brasília: PNUD, 2022.